sábado, 5 de julho de 2008

Sí Se Puede Tour 2008 // Capítulo 2: Tomba de Primera

Depois de merecidas horas de sono, despertamos e saímos a conhecer a cidade. Mendoza é relativamente pequena, apesar do território grande e da numerosa população, já que as áreas de interesse se restringem a duas ou três ruas e um imenso parque que fica na margem oeste da cidade, aos pés da Cordilheira. Primeiramente, caminhamos pelas ruas do centro. Disfrutamos da nossa primeira parillada e, estranhando a pouca movimentação na cidade, fomos informados pelo garçom - que volta e meia fatura umas gringas, como ele diz - que aos Domingos todos vão ao tal parque. Então, fizemos o mesmo. Realmente, a cidade inteira estava no parque, imenso, com clubes, canchas de tudo que é esporte, velódromo e um magnífico estádio utilizado na Copa de 78, que segundo os entendidos e conhecedores do velho continente lembram muito Berlim. Pela noite, ruas pacatas; nos restou assistir Lanús x Boca em um bar.

Oi! Meu expediente só termina às 16h!

No dia seguinte, tudo pronto para sair quando uma ligação muda os planos. Maurício tem que finalizar algo urgente que não pode esperar. Saio com o Otávio para - de fato - conhecer a cidade com ela funcionando. Depois de aguardar vários só mais 10 minutinhos, conseguimos sair para os vinhedos no final da tarde. Tarde demais até. Ao chegarmos na Chandon, tudo fechado. Só restou a Norton, onde degustamos apenas - nada de tour.

Uma coloração densa, aroma frutal com vestígios de tabaco. Ou seria chocolate? Caramelo? Ah, sei lá...

Decididos a fazer algo que marcasse a passagem por Mendoza, jantamos na parrillada mais imponente da cidade. Um assado de tira fenomenal. Melhor da vida, certo. Poucos metros dali, o time da cidade, Godoy Cruz, jogaria contra o San Martin de Tucumán, partida que marcaria o encontro da equipe, recém promovida à primeira divisão argentina, com a torcida. Sim, era jogo da segundona argentina.

Vamo vamo Godoy Cruz... Hoje eu vim te apoiar...

Apesar da sugestão do garçom de irmos de popu (popular, atrás do gol), ficamos um pouco temerários quanto a condição demográfica do local e resolvemos pagar de grandões, indo de platea coberta por míseras 15 pratas cada um - 5 dólares. O frio de lascar no Estádio Malvinas Argentinas (= Falklands) não esfriou os ânimos do Tomba (apelido carinhoso do clube local), que venceu com por 2 a 0, destaque para o careca meio-campista que marcou um dos gols. Presentes também estavam vários cachorros, provavelmente moradores do parque, e um mapa das Falklands ao lado do placar eletrônico. Fim de partida, trocamos a festa nas ruas da cidade pelo bar com pior atendimento da Terra. Depois de vários erros nos pedidos, a passagem por Mendoza estava encerrada.

Era hora de cruzar pelas montanhas dos Andes.

3 comentários:

Anônimo disse...
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Anônimo disse...
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Unknown disse...

"Era hora de cruzar pelas montanhas dos Andes"... a caminho do capitulo 3. Muito suspense! Conta logo! :P
**Andes = fotos surpreendendes**
No aguardo!
Beijos,
Mimi