terça-feira, 25 de dezembro de 2007

Caminhos tortuosos

Hoje retornei da mui simpática praia da Pinheira, onde passei o Natal na companhia dos familiares, e vim aqui diretamente para responder a pergunta que muitos me fizeram: como está a estrada até Floripa?

Bem, tecnicamente não fui até Floripa. A Pinheira fica no munícipio de Palhoça, exatamente onde a parte já duplicada da BR-101 começa, mas o trevo da Pinheira e Guarda fica uns 30km distantes desse ponto. Enfim...

O lote 1 das obras, que começa em Osório, está magnífico. Desde a saída da free-way, o agora inaugurado viaduto de Osório liga ambas as rodovias em pista dupla até o ponto onde a trajetória da estrada mudará, na boca do túnel que cortará cerca de 18km da BR. Asfalto liso, sinalização bastante satisfatória. Dali, segue-se onde a BR não passará e, obviamente, não há desvios ou obras. Elas são retomadas após a saída do túnel, próximo de Maquiné. A verdade é que não há muitos sinais de construções, apenas alguns viadutos inacabados e esqueletos de pontes. Logo, não podemos afirmar que as obras estão contribuindo de forma alguma para complicações na viagem.

O primeiro trecho catarinense está razoável. Alguns desvios complicam o fluxo, mas são compensados por alguns quilômetros de pista dupla. De qualquer forma, a sinalização é um pouco insatisfatória. Passando de Araranguá, há menos desvios e mais velocidade. Considerei este o melhor trecho do lado de lá do Mampituba. Dá para ganhar alguns preciosos minutos de gordurinha, mas não se emocione: você perderá todos quando estiver se aproximando de Laguna.

Nesta parte, é possível verificar que vários trechos já estão praticamente concluídos. No entanto, a estrada original está em situações precárias. Toda rachada, esburacada e cheia de remendos. É incrível quando você se dá conta que aquela não é uma estradinha secundária, é simplesmente a principal ligação entre o extremo sul e o restante do país. Atenção total nesse ponto. Chegando na ponte e após ela, é impossível ver qualquer vestígio de melhorias na estrada.

Passando de Laguna, o drama é a grande quantidade de desvios que o motorista é obrigado a tomar, devido a construção de viadutos nos trevo de cada prainha. CADA PRAINHA MESMO. Ainda assim, não é nada demais. Aquele tempo que perderíamos andando ao redor daqueles canteirinhos com o nome da cidade toscamente construído no meio é o mesmo que perdemos tomando estes desvios. Ao menos aqui alguns trechos duplicados já estão liberados ao tráfego.

Francamente, esperava encontrar cenário pior quando fui para lá. A bem da verdade, a estrada não está diferente do que era antes. Continua um grande lixo, mas com uma placas laranjas para deixar o vivente mais atento na direção.

sexta-feira, 21 de dezembro de 2007

Mensagem da redação

O editor deseja a todos os MILHARES de leitores um feliz Natal!

segunda-feira, 17 de dezembro de 2007

Espetáculo deprimente

Sugiro estender uma imensa lona sobre a Ipiranga, instalar catracas e cancelas nos seus acessos e cobrar ingresso das pessoas que por essa via transitam.

Crianças e adultos, alguns simpáticos e outros assustadores, é impressionante a quantidade de pessoas que demonstram suas habilidades artísticas nas esquinas desta avenida com bolas de tênis, tacos de madeira e até tochas.

Coisa de circo.

sexta-feira, 14 de dezembro de 2007

Nenhum sentido - III

Você REALMENTE quer ver as fotos???

quinta-feira, 13 de dezembro de 2007

Maslow cotidiano

Na faculdade de Administração, aprendemos uma teoria muito questionada chamada Hierarquia das Necessidades, de Abraham Maslow. Segundo ele, as necessidades físicas, psicológicas e sociais do homem são postas em um triângulo. Na base, ficariam as necessidades fisiológicas, como comer, dormir, respirar. Sobre ela, vêm as necessidades de segurança. Para Maslow, uma pessoa só buscará satisfazer a necessidade acima quando a anterior estiver completamente satisfeita.

Muito questionada, comecei a enxergar a lógica de Maslow na pele nos últimos meses. A insegurança é, talvez, a pior sensação que uma pessoa pode ter. Sentir-se sem chão não prejudica apenas noites de sono, tumultua os relacionamentos interpessoais, derruba a auto-estima, inviabiliza qualquer sensação de auto-realização. Em busca da afirmação - ter a certeza de volta - buscamos em todos os lados elementos e fatos que nos trarão conforto; mesmo que essa certeza seja algo negativo, ao menos será recebida com um certo alívio.

Anular os efeitos da insegurança não é tarefa fácil. Por maior que seja o esforço, um sinal mínimo de que as coisas possam não estar indo bem pode fazer tudo ir por água abaixo. A incerteza nos tira a motivação, nos deixa sem orientação, acaba com a nossa confiança.

Isto acontece todo dia, neste prédio.

segunda-feira, 10 de dezembro de 2007

Nenhum sentido - II

13h26 de hoje. O celular apita. "1 msg recebida - Ingri"

"Putz! MC Xampu vai tocar com uma orquestra sinfônica hoje, no São Pedro (infelizmente o teatro, não o hospício)"

Acho que houve um engano...

quinta-feira, 6 de dezembro de 2007

Por 5 segundos a menos

20h28. Saio da minha aula de inglês na Nilo Peçanha e me dirijo ao meu carro, estacionado junto à calçada de tal avenida. Dali, ando mais 20 metros, tomo a direita na Teixeira Mendes e sigo no caminho de casa.

O carro, estacionado em frente a uma loja de decoração, tem apenas um veículo a sua frente. Dou a partida, engato a ré e retrocedo poucos metros, o suficiente para manobrá-lo e recolocá-lo no fluxo de veículos que descem a Nilo. Ligo o pisca-pisca para a esquerda. Começa a batalha.

Carros, ônibus e motos vão passando. Não há tempo nem espaço para conseguir entrar na avenida. Os veículos vão passando. E passando. E passando.

Completa-se o primeiro minuto de espera. Eu, ali, sinalizando que quero entrar na brincadeira. Ninguém deixa. Ensaio uma saída brusca - luzes de ônibus e buzinas de motoqueiros são a resposta.

Dois minutos e nenhum sucesso. Mal sabiam os motoristas que não me davam passagem que eu ficaria na avenida por um período tão curto que mal teriam tempo de ler a placa do meu carro.

Começo a contar os carros que passam: 1, 2, 3... 20, 21! Sim, o 22° parou. Um Palio. Seu condutor sinaliza e, finalmente, tenho a chance de sair. Muito obrigado!

Calculo que pelo menos 60 motoristas ignoraram meu apelo. Gentileza? Educação? Para quê? Azar o meu.

O que ganharam? 5 segundos a mais para pensar na vida, parados na próxima sinaleira.

quarta-feira, 5 de dezembro de 2007

Estraga prazeres

Qualquer tentativa de acordar de bom humor de manhã termina quando você acorda, lava o rosto, pega o jornal e encontra esse cidadão dando risada na capa.

Do que estava rindo? De alívio, por uma nova absolvição? Pela certeza de que já seria absolvido? Da vida, que lhe sorri? Ou de nós, que somos palhaços? Confio mais na última hipótese.

Quando era menor e tinha menos conhecimentos sobre, enfim, TUDO, acreditava que haviam pessoas sérias, de partidos sérios, procedentes de lugares sérios. Com certeza, essas pessoas não vinham das Alagoas. Mas a verdade é que a pouca vergonha não tem perfil definido. Atinge a todos, absolutamente todos, que se não roubam, articulam e mentem, pecam pela omissão.

Gostaria de saber quais são as motivações dos militantes políticos de hoje. Quais os argumentos que me dariam para me convencer a se filiar a algum partido. Pergunto isso porque espremo meu cérebro em busca de uma mísera razão para isto e não encontro.

Já escolhemos a situação várias vezes. Mudamos para a oposição. Não satisfeitos, escolhemos aqueles que diziam ser "a terceira vertente", "o diferente dos de sempre". De nada adianta, porque a situação sempre agirá como situação e a oposição sempre agirá como oposição, não importa os ideais, não importa a sigla.

Nós que paguemos o preço pela diversão deles.

segunda-feira, 3 de dezembro de 2007

Tudo que sobe um dia tem que cair

Sim, aconteceu. Eu mesmo era um dos que não acreditavam nessa hipótese. "A turma do tapete vai se mexer", dizia semanas atrás. O fato não se confirmou e a segunda maior torcida do Brasil irá comparecer ao Machadão, ao Castelão, à Ressacada. Irá jogar clássicos contra Ponte Preta, Barueri, Marília, São Caetano e Bragantino. Irá ter seus jogos transmitidos às terças e sextas-feiras.

No seu lugar, entrarão clubes de menor expressão, menor torcida e de menos tradição. Analisando friamente, é muito mais interessante ir ao estádio para ver seu time enfrentar o Corinthians que o Ipatinga ou a Portuguesa.

Mas a Série B de hoje nem lembra o inferno de dez anos atrás. Desde 1998, com a queda do Fluminense e o televisionamento de suas partidas, a Segundona passou a ser melhor organizada e "mais atrativa", digamos. Lembro que em 1992, quando o Grêmio jogou a Segundona, haviam estádios que sequer tinham iluminação. As coisas mudaram. Se fosse naquela época, alguém já tinha aplicado o famoso tapetão.

Mas por que celebramos tanto a queda de um grande? Acho que as razões variam um pouco conforme cada pessoa. Eu, particularmente, gosto de ver um time grande, um time que incomoda, fora do caminho. Talvez isso explique minha indiferença à queda do Botafogo alguns anos atrás.

Mas com o Corinthians é diferente. Me recordo de certa vez, dirigindo-me à UFRGS, escutava a rádio Gaúcha no final de tarde. Corinthians e River Plate se enfrentariam mais tarde pelas oitavas-de-finais da Libertadores e o presidente do clube paulista na época concedia entrevista. O alvinegro necessitava apenas de uma vitória simples para classificar-se às quartas-de-final. O dirigente esbanjava confiança: "Iremos para a vitória... pois nosso sonho é conquistar a Libertadores e o mundial em Tóquio". No dia seguinte, após o vexame de 2 a 1 no Morumbi, a rádio executava as declarações do mesmo dirigente na saída de campo: "O Corinthians é o único verdadeiro campeão mundial. Ganhamos o torneio da FIFA, não necessitamos de copas secundárias".

Nem citarei 2005. Um clube que se autodenomina "Timão". Arrogância, desprezo, falta de respeito. Adeus, Corinthians. Que aprendam a ter um pouco mais de humildade nessa nova jornada.

quarta-feira, 28 de novembro de 2007

segunda-feira, 26 de novembro de 2007

O que pode ser pior?

Há HORAS que quero escrever sobre isso. A televisão - especialmente os canais fechados - estão sendo invadidos por três peças publicitárias ABOMINÁVEIS e ENLOUQUECEDORAS. Os seus criadores deveriam ser presos e punidos com exclusão e trancafiamento em uma sala fechada, apenas com um televisor exibindo de forma intermitente as suas criações durante meses, talvez anos, para que eles pudessem PENSAR BEM no mal que eles fizeram. São elas, na minha ordem particular de cretinice:

(3) Someone is there, waiting for my song... A trilha sonora é de botar criança pra dormir. Daí, me aparece aquele panaca fazendo biquinho e a outra lambisgóia fingindo ser uma garota ingênua. Depois de "entregar o produto" (se eu fosse a garota, pediria meu um real de volta), eles ainda trocam um olhar maroto. PATÉTICO.

(2) Sense and simplicity... Ivete Sangalo em português já é dose pra mamute. Cantando em inglês então, fica insuportável. Vestida com roupas de couro e fazendo aquelas performances ridículas é além da imaginável. E depois ainda incluem um "negão anos 90" - lembram das músicas de Haddaway e Corona onde sempre tinha um cara que entrava simplesmente falando um monte de coisas no meio das músicas e não dava pra entender nada? - pois é. BIZARRO.

(1) Manhê, quero fazer cocô... Quem foi o idiota que criou isso? E quem foi o retardado que aprovou a idéia? Este anúncio é tão repugnante que eu bloqueio meu cérebro a ponto de fazer questão de não saber qual a marca que está sendo anunciada. No final, a peça termina com chave de ouro: mãe e filho abraçados dentro do banheiro, num típico momento Kodak. DEMAAAIS...

A volta dos que não foram

Caros amigos e MILHARES de leitores, não tenho o que lhes dizer. Tudo que sei é que fiquei algum tempo ausente das atividades bloguísticas e, quando quis retornar, nada mais encontrei. Suspeito que o Sr. Blogger, o que comanda este recinto virtual, tenha aplicado uma comigo. Sei que ele costuma atrapalhar outros colegas blogueiros e acho que caí numa de suas armadilhas. Não que a internet tenha ficado sem os melhores textos já escritos pelo homem, mas confesso que o minuto-a-minuto do capítulo final de Paraíso Tropical e os Diários Nordestinos deixarão saudades - ao menos para mim.

Mas como já dizia o profeta, sou brasileiro e não desisto nunca! Voltarei a ocupar o espaço e, aos pouquinhos, recolocarei a antiga identidade. Mantenham-se ligados.