segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Primeira noite de Summertime

Sofrendo ainda com as mazelas de início de horário de verão (sono profundo), decidi aproveitar os benefícios desse artifício regulamentado pelo governo para economia de energia e resolvi gastá-las ainda mais nesta noite de Segunda fazendo uma das coisas que mais gosto nessa vida: caminhar. Para isso, chamei o cachorro da casa, o Gordão (que baba mas não morde), para sair pelas redondezas do bairro.

Apesar do sol já ter se escondido às 9 horas da noite, o clima agradável estava convidativo para o passeio. O pobre do bicho, que passa o dia todo enfiado em casa, quase enlouqueceu quando percebeu a movimentação para sair dela. Para mim, a companhia do cachorro possibilitaria uma caminhada noturna, ainda mais de meu gosto, com uma (talvez falsa) sensação de relativa segurança.

Alegres todos, partimos. Durante o trajeto, aproveito para colocar os pensamentos em dia. Refletir sobre a vida profissional, organizar as atividades de amanhã, lembrar daquelas coisinhas do dia-a-dia que precisamos comprar e fazer. De quebra, um exerciciozinho pra mexer um pouco com as pernas e o pulmão.

E o cão? Para ele, só uma coisa interessa: defecar e urinar em todos os locais possíveis. Todos TODOS. Sei que a zoologia tem uma explicação lógica para isso - algo a ver com demarcação de território eu acho. De qualquer forma, fiquei ali, olhando o bicho levantar a perna MIL VEZES, fora as vezes em que se enfiou no meio de arbustou porque, sim, evitar constrangimento ele sabe como fazer.

Vai entender...

terça-feira, 14 de outubro de 2008

Tempos modernos

Já passavam das 20 horas e eu me alongava despreocupadamente na academia. Tudo estava absolutamente normal. O instrutor fazia vista grossa para minha preguiça enquanto conversávamos sobre TODAS POSSÍVEIS possibilidades de resultados do Campeonato Brasileiro no final de semana. Na sala ao lado, algumas pessoas pedalavam embaladas por ritmos dançantes estilos anos 90 - jamais entenderei.

A normalidade foi quebrada quase quando eu partia no momento em que uma criança surge no pequeno espaço sem equipamentos, destinado exatamente para o mais matado dos exercícios. Um cotoco, ele agitava na academia mexendo em praticamente todos os equipamentos, cordas e roldanas, sem qualquer tipo de supervisão. Ele é conhecido já dos pseudo-atletas. Seus pais comparecem ao clube com freqüência e obrigam o pobre piá, que pela voz fina e maneira de se expressar, tem cerca de quatro anos, calculo eu.

Não vou nem me ater ao fato de uma criança ser obrigada a passar quase todas as noites entre uma e duas horas pulando entre cross-overs, supinos e hammer-strengths (não me perguntem ao certo que diabos são essas coisas). Aliás, provavelmente se não estivesse ali, estaria exercitando apenas seus dedos em frente a um computador. Mas a conversa não é essa.

Voltando - estava quase saindo quando as teoricas metafísicas do Grêmio no Brasileirão foram interrompidas por aquela voz fina. "O que eu tenho na mão", perguntou ele escondendo as mãos atrás do corpo. O instrutor, de bate-pronto: "um celular". Correto ele estava. Para quê diabos uma criança de QUATRO ANOS tem um telefone celular?

Não me digam que é para emergências. Nessa idade, sempre há alguém mais velho acompanhando-o. Não vai sozinho em shopping, em praça, nem do portão do colégio sozinho ele passa. Não pensem que era um celular qualquer, também. Um Samsung tinindo de novo, visor colorido, de flip, uma beleza. Seguia o piá, pulando pra lá e pra cá, com aquela coisa brilhosa na mão.

E eu, com quatros anos, nem minigame do Tetris tinha.

segunda-feira, 6 de outubro de 2008

Verdade absoluta

NOSSA.

Tô cansado.