sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Vem com manual de instruções?

100% boliviana

Seguindo o movimento THE BUCKET IS GONE, nesta quinta-feira resolvi transferir o escritório para a sala 4 do Unibanco Arteplex para acompanhar a nova aventura de um dos meus personagens favoritos desde a infância, 007. Quantum of Solace (sem tradução para o português... ooou Andando de Quantum no Solááááço) apresenta mais uma boa performance de Daniel Craig no papel do agente-garanhão do serviço de inteligência britânica, o que me leva a crer fortemente que ele se sai melhor no papel do que seu antecessor, Pierce Brosnan, que na minha opinião era apenas um rosto (metido a) bonito, mas que não impunha respeito nem metia medo.

O filme tem todos aqueles ingredientes indispensáveis para um bom roteiro de James Bond: perseguições automobilísticas impensáveis, brigas com quedas de prédios de 14 andares sem que o mocinho se machuque, trocas de tiro do estilo corpo fechado e, claro, um clima de romance, porque afinal, o cara é garanhão, pegador e coisa e tal (apesar, se comparado aos outros filmes da série, nem dá pra considerar que há romance nesse episódio).


Gastando muito com lavanderia

Fato é que, por ser uma autêntica seqüência da película anterior, Casino Royale, o lado humano de Bond continua sendo explorado. Ele remói-se por causa de seus erros, principalmente por ter confiado em Vesper, a qual o traiu por “motivos de força maior” e morreu em seus braços. A morte dela alimenta um sentimento de vingança que o cega e faz com que ele cometa homéricas cagadas, descumpra ordens superiores e aja de maneira muito mais instintiva e emotiva durante sua missão.

Contudo, as organizações, ao menos pra mim, são tão complexas que me deixam confuso durante TODO o filme. Com freqüência me pego pensando, em meio aos tiroteios: “mas esse cara não era do bem? Por que eles tão se matando agora???”. Agentes duplos, traições, bond girls e outras girls quaisquer com atitudes e interesses estranhos... sei lá, não sei se sou burro, mas é TOO MUCH pra minha cabecinha.

Isso é aplicável para TODOS os filmes do 007.

Por isso, um filme de James Bond só fica completo após dar uma lida no roteiro do filme no IMDB ou Wikipédia. “Ah, é por isso que ele salvou o Bond aquela hora!”. “Daí que surgiu aquele cara...”. “Sabia que já tinha visto ele em algum lugar!”. Tudo simplesmente se encaixa e faz sentido.

[Fantástica também a referência feita no filme que chama os governos sul-americanos são chamados de corruptos. Sad, but true.]

Um comentário:

G.D. disse...

Essa serie "The Bucket is gone" promete um show a parte.

De fato: nada mais apropriado para a POS-MODERNIDADe do que James Bond virar um tiroteio sem tamanho nem nexo...