quinta-feira, 6 de dezembro de 2007

Por 5 segundos a menos

20h28. Saio da minha aula de inglês na Nilo Peçanha e me dirijo ao meu carro, estacionado junto à calçada de tal avenida. Dali, ando mais 20 metros, tomo a direita na Teixeira Mendes e sigo no caminho de casa.

O carro, estacionado em frente a uma loja de decoração, tem apenas um veículo a sua frente. Dou a partida, engato a ré e retrocedo poucos metros, o suficiente para manobrá-lo e recolocá-lo no fluxo de veículos que descem a Nilo. Ligo o pisca-pisca para a esquerda. Começa a batalha.

Carros, ônibus e motos vão passando. Não há tempo nem espaço para conseguir entrar na avenida. Os veículos vão passando. E passando. E passando.

Completa-se o primeiro minuto de espera. Eu, ali, sinalizando que quero entrar na brincadeira. Ninguém deixa. Ensaio uma saída brusca - luzes de ônibus e buzinas de motoqueiros são a resposta.

Dois minutos e nenhum sucesso. Mal sabiam os motoristas que não me davam passagem que eu ficaria na avenida por um período tão curto que mal teriam tempo de ler a placa do meu carro.

Começo a contar os carros que passam: 1, 2, 3... 20, 21! Sim, o 22° parou. Um Palio. Seu condutor sinaliza e, finalmente, tenho a chance de sair. Muito obrigado!

Calculo que pelo menos 60 motoristas ignoraram meu apelo. Gentileza? Educação? Para quê? Azar o meu.

O que ganharam? 5 segundos a mais para pensar na vida, parados na próxima sinaleira.

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